sábado, 26 de janeiro de 2008

Vento ventania

Eu queria ser pipa.

Durante a vida repeti como um mantra: "Não quero bicho, não quero filho, não quero planta". 

Trabalhei para isso. Tenho hoje a possibilidade de voar para onde quiser.

Brisas radiofônicas, ventos televisivos, tufões cinematográficos ...

Novos ventos me chamam. Outras paragens, outros ares, outras gentes.
Devia estar radiante, pipas adoram outros céus, mas na verdade não estou contente.

De duas uma: ou a rabiola da minha pipa criou raizes, ou sempre fui árvore sonhando ser pipa.
 
 

1 comentário:

Anónimo disse...

...muito bom Carla...dizer e dizer descobrindo !

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